domingo, 10 de junho de 2012

Uma manifestação de desagrado...

Todos nós somos precisos. Todos. Desde o primeiro ministro ao varredor de rua; desde o presidente da republica aos senhores que fazem a recolha do lixo. Todos somos necessários para o funcionamento da sociedade.

Contudo, é com desagrado e desgosto que vejo certas coisas. 

Não pretendo ferir suscetibilidades, ou a importância merecida das restantes profissões, mas existem profissões essenciais, profissões sobre as quais uma sociedade deve construir os seus pilares. Digamos que são as profissões básicas, que devem servir como fundação de uma sociedade. Falo de profissões ligadas à segurança e defesa nacional, educação, saúde, justiça e finanças.

Restringido ainda mais estes grupos, revolta-me saber como estão os setores da segurança e da educação. Sem estes não se vai a lado nenhum. Sem segurança era o caos e sem professores... Bem... Não haviam as outra profissões... E agora dizem, "aí e tal, dantes não havia professores e havia médicos!" Ora eu não percebo muito de história, mas na antiguidade já haviam escolas... Claro que também haviam autodidatas, mas eram em muito menor percentagem dos que o número de formados que hoje existem...

Isto tudo para dizer o que? Que acho vergonhoso, os militares (praças) receberem apenas 600€, e os professores nem sequer terem emprego, e os que têm em inicio de carreira também não ganham muito mais. Isto se tiverem horário completo, coisa que é muito dificil. Por outras palavras, os setores que deviam ser dos mais financiados, são os mais menosprezados... E não podemos esquecer que os direitos e deveres destas profissões não estão nada equilibrados. Por exemplo, os militares não têm direito à greve, à participação em manifestações, não têm horário de trabalho e têm de estar sempre disponiveis. Se me disserem que eles não fazem nada e é por isso que ganham tão pouco, eu respondo para os porem a trabalhar! Acho muito bem o que estão a fazer aos fuzileiros, obrigando-os a dar auxilio nas praias por exemplo.
Já os professores, trabalham mais ou menos em regime de escravatura, isto é, é demasiado trabalho para o dinheiro que recebem. Os professores, contráriamente ao que seria de esperar, não dão apenas aulas. Têm também um horário não letivo que têm que cumprir com outras atividades, como orientação de estágios, integração em orgãos de gestão da escola, comissões de avaliação, etc. Sem falar do trabalho que levam para casa! Muitas pessoas não têm a noção da vida de um professor. 

Não digo que são coitadinhos. Apenas digo que sejam devidamente recompensados, assim como as restantes profissões que trabalham demais para o ordenado que recebem...

Isto é apenas a minha opinião. Vale o que vale...

1 comentário:

  1. Concordo, não desfazendo das outras, há profissoes que são essenciais para o bom funcionamento de uma sociedade

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